19 agosto 2008

A menina das bolinhas

Hoje fui doutora da menina das bolinhas! E ela estava com mais bolinhas doque eu poderia imaginar. As bolinhas era engraçadas, faziam até cocegas! E a menina, sempre aos pulinhos, mostrava as bolinhas com grande entusiasmo. A brincar resolvi esconder uma bolinha de papel na minha mão e disse-lhe: "Eu também tenho uma bolinha, mas a minha é na mão. Queres ver?" E mostrei-lhe! Ela riu, chamou-me de boba e foi correndo pregar essa peça aos outros.
Eram tantas bolinhas que parecia ser coleção. Umas grandes outras pequenas, umas coloridas e outras não. Olhei, olhei: "Vais perder as bolinhas..."
A coleção acabará.
E ela ficou triste com isso!

18 agosto 2008

Uma flor...

Ontem vi uma flor, que me lembrou os velhos tempos, as páscoas doces, o cheirinho suave da primavera a chegar.

Sempre as conheci por Pascoalinas, o nome sempre disse tudo. Elas começavam a florescer para a Páscoa. São pequeninas flores num grande arbusto verde.
Seus galhos finos e maleaveis davam para fazer coroas, as flores delicadas não podiam se arrancar, se não ficava o chão cheio de pétalas. :P
Quantos ovos não foram escondidos nesses arbustos? Quantos arranjos não foram feitos com essas simples flores? Quantas primaveras não as vi no jardim do meu avô?...

Mas é Agosto... e elas não estavam num jardim. Talvez o destino delas é esse, mas naquele momento elas não estavam. Estavam como mudas, num saco plástico preto com um punhado de terra. A Páscoa está longe...

E o nome delas perdeu todo o sentido... no mundo real em que vivo.

Spiraea cantoniensis

02 agosto 2008

Mais que um jantar

Prólogo

Sim, vegetariana! Não o proclamo a 4 ventos e o meu propósito não é convencer ninguém, por mais que ache que o "mundo" devesse ser vegetariano.
É normal comer fora - tanto ao almoço nos arredores do trabalho, quanto às vezes no jantar, com o me amor. E mais normal ainda é ter que driblar os cardápios cheios de bichinhos e descobrir algo que eu possa comer. Mas jamais nego um restaurante, pois em todos - TODOS - tem sempre algo comível (sim... pois nem tudo que é comestível é comível! :P). E assim não me privo de bons momentos...

Capítulo I - A escolha

Num dia bem especial, para comemorar, fomos a um restaurante ter um jantar romântico. Música ambiente, decoração maritíma e regional, muitos garçons para nada nos faltar e um cardápio repleto de opções... Opções de mariscos, frutos do mar, carnes, peixes. São tantas opções que a fome vai sendo saciada com o cardápio! :P
Enquanto as escolhas são feitas, uns aperitivos - tremoços, azeitonas, picles com canela, pãezinhos com manteiga, ameijoas e uma pasta que nem experimentei - já chegaram para ocupar o vazio da mesa. Preocupado ele olha para mim e pergunta o que eu irei comer. Sopa de nabiças!!! À quanto tempo não como nabiças!!!
Foi feito o pedido. A sopa chegou num instante! Conversa vem, conversa vai e eis que os pratos chegaram: um château... alguma coisa ao molho madeira e champignon com batatas - de verdade- fritas para ele e para mim um prato repleto de legumes variados cozinhos no vapor para se regar com um bom fio de azeite.

Capítulo II - Bom

Simplesmente gostoso! Mais do que a cominha era boa a conversa, os sorrisos, os olhares... Depois de saciados... sobremesa? Claro!!! Um doce típico, servido como manda o figurino - coisa rara hoje em dia por aqui.
Hora da conta para minha surpresa veio um número certinho, bem redondinho. Se quisessemos ser tão certeiros não conseguiriamos! :P Durante o pagamento ofereceram chá e café como cortesia. Mas aquele gostinho da sobremesa na boca era bom demias para ser levado embora assim...
Na saída, enquanto esperávamos o carro, foi-me servido um licor de amêndoas (ele só pôde tomar um golinho, pois ia dirigir...). Aproveitei e de lembrança peguei algo que à anos não via: pacotinhos de fósforos! Simplesmente incrível: ainda se faz disto?! O carro logo chegou, abriram a porta do carro para que eu pudesse entrar (quando chegamos também abriram a porta para que eu pudesse sair). Ahh... o estacionamento era grátis!
Enfim... foi um jantar que tinha tudo para ser ruim pela gastronomia, mas que foi super encantador. Me levou de volta à minha terra, às comidas gostosas que eu comia, à verdadeira música de lá...

Capítulo III - Obrigada

Agradeço ao meu lindo pelo jantar, ao dono do restaurante pela comida - só faltou no cardápio arroz de favas... não vou falar do prego no prato porque acho que não entra na classe do restaurante, aos garçons que apesar de bem engraçado o uniforme atenderam bem, à minha terra por ter feito tantas coisas gostosas e a esta terra que as acolheu!

Preciso dizer que o restaurante era Português?! Ahhh... o som de fundo era fado e a sobremesa era o famoso pastel de Belém. Para quem não sabe o que são nabiças: http://pt.wikipedia.org/wiki/Nabo e se algum dia quiserem conhecer: http://www.alfamadosmarinheiros.com.br/. Bom apetite!!!

01 agosto 2008

:)

Às vezes sou moleca e sapeca tal e qual uma criança! O tamanho ajuda: sou pequenina!

Mas isso acaba fazendo com que os outros esqueçam que sou grande! Não tão grande quanto muitos, mas muito maior do que tantos outros.

E hoje tou feliz! Porque sou pequenina e grande ao mesmo tempo! E isso me faz bem! E faz pessoas felizes. Pessoas que me conhecem bem e que me fazem muito feliz!

:)