28 novembro 2011

Presente de Advento

Este ano ainda não acabou, mas já dava para agradecer as muitas coisas boas que aconteceram. E claro, não desprezar as outras que nem foram tão boas, porque elas sempre ajudam a crescer.
A lista de agradecimentos e de pessoas que composeram este meu ano bom é gigante...
Portanto, se você é meu amigo, me conhece, passou por mim, ouviu a minha voz, leu os meus pensamentos ou apenas viu a minha sombra, a frase abaixo é em sua homenagem.

'Obrigada! Você me fez feliz por mais um ano e nunca esquecerei disso! :)'

13 setembro 2011

Costuma dizer que o humor de uma mulher grávida oscila constantemente. Que elas ficam mais sensíveis, irritadas, choronas, reclamonas...
Porém, discordo totalmente! Neste atual estado interessante o que acontece é que realmente as coisas é que nos tiram do sério. Parece que fazem de propósito só para nos culparem depois...
Com uma pequenina história, exemplifico o que acontece.

Hoje acordei com uma importante missão: limpar a casa. Fazer aquela faxina! Não que seja o meu hobby favorito, mas só de imaginar a satisfação da casa limpinha e arrumadinha... Bom, se eu não fizer ninguém fará. Então, mãos à obra, ou melhor, à limpeza.
Gosto de começar pela sala. Sei lá o porquê. Apenas acho mais tranquilo. Primeiro tirei o pó... eu odeio os meus gatos! Ainda bem que tenho poucos trequinhos na sala, assim é menos pó para limpar. Depois limpei os vidros... eu odeio os meus gatos! Acabei descobrindo que a madeira do espelho estava soltando, logo resolvi consertar. Adoro consertar coisas! Precisei passar a esponja por água... Nossa!!! A pia do banheiro está horrível! Não esperei chegar a hora do banheiro. Decidi que a hora do banheiro era aquela, pelo menos da pia... da privada... Droga! Esqueci da sala... Precisava voltar e terminar o que tinha começado.
Comecei a aspirar a sala. Prometi a mim mesma que ia aspirar todo e qualquer detalhe, para depois ficassem pelos e grãozinhos de sei lá o quê estragando o momento mais soft: passar o pano!
Continuei aspirando e fui para o corredor, escritório e quarto... (o banheiro e a cozinha são sempre os últimos) Mas... Reparei que havia algo errado. Ainda existiam pelos e pozinhos onde eu já tinha aspirado. Ah não!
Dãh! O saquinho de pó já está cheio. É só esvaziar e... nada! Continua a mesma porcaria. Pera lá!... o indicador mostra que o sauinho continua cheio. Não pode. Devo ter encaixado algo errado. Não... tudo certinho. Resolvi limpar os filtros. Agora sim!
Agora não! O raio do apirador continua sem aspirar direito. Tá! Cadẽ aquele saquinho novo de papel? Odeio mudanças. As coisas sempre somem quando mais se precisa delas. E a palhinha que está no chão do quarto continua imóvel, não importa o quanto eu passe o aspirador por cima dela. Grrrrrrrr! Que raiva! Tento enfiar a palhinha pela goela do aspirador abaixo. Lá foi ela com certa dificuldade. Pera lá... Odeio os meus gatos!
A potência do aspirador é boa. Ledo engano. Dois minutos na internet e descubro que tenho menos 250W de potência do que a embalagem diz. Bizarro! Chega. Vou passar o pano logo.
E lá começam aqueles pequenios grãozinhos indo de um lado para o outro a cada movimento da esfregona. Que saco! Vejo pêlos dos gatos passearem de mãos dadas com os pózinhos grudados na esfregona... Que ódio!
Me empenhei para ficar tudo limpinho e o aspirador me boicota. Depois o culpado é o meu humor. Eu só quero que o aspirador aspire!!!
Bom... amanhã tento de novo...

23 agosto 2011

Uma casa no campo


Ela queria um casa no campo. Não muito grande, nem muito pequena. Apenas que todos coubessem inclusive todos ao mesmo tempo na sala.
Uma lareira para os dias frios, uma rede para baloiçar nos dias mornos e uma mangueira para refrescar os dias quentes. Que a paisagem fosse uma natureza sem fim, com cheiro de terra na chuva, pôr-do-sol avermelhado e um céu estrelado. As couves viriam do quintal, a água pura do riacho, as frutas do pomar, e os animais correriam soltos sem se preocuparem com o amanhã.
Ele nem imaginava como seria uma casa de campo. Estava bem onde estava e nunca conhecera uma.
Ela desenhava, pintava, bordava e esculpia o seu sonho. Nuns dias, aparecia um arco-íris, noutros um gato no parapeito da janela, um bem-te-vi no cimo de um pinheiro, uma bolinha de pelo sendo encharcado por uma criança... Os dias mais feios tinham lareira, cheirinho de pão, gosto de chá quente e cor de cobertor.
Os dias ensolarados tinham às vezes piscina, outras um lago, uma cabana feita para brincar, um piquenique com toalha xadrez e guloseimas numa cesta de vime, um baloiço na sombra de uma árvore...
Afinal, para ela só na casa de campo se via a Primavera florida, o Verão doce, o Outono sem folhas e o Inverno aconchegante. É que se sentia a brisa fresca, o sol aquecer, o poder da sombra, o gelar da água, o cheiro das árvores, o sabor da comida... Lá conseguia-se ver uma minhoca fugir, uma planta brotar, uma coruja caçar, um rio nascer, um bolo assar, o dia nascer, o vento soprar...
Em silêncio ela fez as malas, escondeu-as no armário. Sabia que em breve teriam um sótão. Lá guardaria tudo o que trouxera do passado e apenas aquele cantinho conheceria seus segredos. Abaixo deles existiria apenas uma casa de campo, apenas com os seus sonhos.


23 junho 2011

Sonho...


Ela foi à praia. O sol brilhava, mas o dia estava fresco.
A brisa balançava seus cabelos reproduzindo as dunas que ali se encontravam. Alguém a levara até ali.
O mar estava lá em baixo. As falésias quebravam as dunas e mostravam o mar. A areia fina refletia o sol dourado e o verde dos campos que até ali chegavam suavizava o olhar.
Ela se escondeu numa duna, feito criança brincalhona, que com todo o cuidade não deixou pistas do seu caminhar. Ele, enquanto a procurava, resolveu passear um pouco mais. Aproximou-se dela, que apareceu num relance surpreendendo-o. O susto dele se revelou numa gesto simpático que de trás das costas surgiu uma pequena flor. Por isso ela não esperava. E a brisa soprava.
O sol começara a se pôr. Resolveram ir embora. Não sabiam o caminho de volta, pois não sabiam como ali tinham chegado. Apenas tinham dirigido em direção ao oceano e ali chegaram.
Se despediram. E depois dessa noite, não restou nada. Nenhum vestígio. Nenhum grão de areia. Apenas um sonho...



16 junho 2011

Isso passa...

Contaram-me isso quando ainda era pequenina. Eu acreditei.
Pelo menos tentei. Até perceber que não era bem assim que tudo funcionava.
Sabe aquele amor? Aquela dor intensa? Aquela surpresa? Aquele segredo?
Nada disso você esqueceu! Apenas guardou lá no fundo, debaixo de camadas e camadas de dia-a-dia, na esperança que aquilo sumisse. Mas não some. Não porque faz parte da sua vida. E você ainda não morreu.
E a vida é uma caixinha de surpresas...

Um dia fui cupido. Não deu muito certo. Anos depois soube o porquê através de uma autêntica declaração de amor invejada por muitas. Ele não esqueceu. E apenas viveu o dia-a-dia, até se lembrar que aquilo existia lá no fundo. E resgatou.
Um dia me prometeram coisas. Nada recebi. O tempo se passou. E a promessa ficou lá no fundo. Anos depois, descobiram que foi por ela ter sido guardada que a vida mudou.
Um dia tive um jardim. E corria livre por ele. Pulava por cima das pedras. Colhia flores. Porám a vida me afastou dele. Essa sensação está lá no fundo. E vem à tona sempre que posso resgatá-la.
Um dia tive um gato. Ele ficou doente. Fiz tudo o que podia. Mas ele morreu. Essa dor ainda existe dentro de mim...

Aprendi que as coisas voltam. Mesmo que não se queira, que se tenha certeza que aquilo já era, que não exista alguma chance.
Por isso me contento a guardar tudo lá no fundo. Criei um cantinho bem aconchegante para tudo lá no fundo.
Arrumo tudo com carinho. Para cada emoção, um lugarzinho apropriado. Para cada lembrança, um ninho bem quentinho. Para cada sentimento, uma fragância diferente.
Assim o passado não me pega de surpresa. Eu posso ir lá regastar quando quiser... como quiser... assim que puder!

19 maio 2011

Sino dos ventos

A função dela era desembaraçar sinos dos ventos. Para o poder fazer, abria as janelas com vontade, logo pela manhãzinha, bem abertas para o vento poder entrar, rodopiar e bagunçar todos os objetos da casa.
Ela ria tamanho era o tintilar dos penduricalhos que enfeitavam o cantinho só dela. E lá ia ela, com toda a paciência, separar fio por fio, já presos por nós muito bem feitos pelo aguçado vento. Seu cabelo esvoaçava junto, na contínua brisa que não cessava, naquela aventura cotidiana. O dia se passava assim. Os mais divertidos eram os dias de Outono, quando as correntes de ar eram mais frequentes e o sol ainda brilhava quente nos objetos cintilantes.
Quando a noite já se aproximava, cansada de todo o seu fazer, ela ia fechando a janela... Bem devagarinho! Ouvia o vento assobiar como uma despedida. Sentia no seu rosto o beijo de boa noite que este lhe dava. E carinhosamente se desejavam um 'até amanhã'.

16 maio 2011

Momentos

Senti que estava ali e aqui ao mesmo tempo.
Queria estar aqui e lá a todo o momento.
Um instante... basta.
A imaginação em vão alimento.
Nisso apenas me contento.




12 maio 2011

Estou de volta...

... para escrever!

Faz tempo, mas bastante tempo, que não escrevo por aqui. Não que eu tenha desistido, parado, perdido a imaginação. O 'problema' foi a vida corrida. Culpá-la-ei?! De jeito nenhum!
Os momentos sempre me inspiraram. Escrevi em alguns.

Chegou a hora de voltar para aqui. O blog aguardava-me ansioso. E eu morri de saudades dele.
Voltei para ti!...
E para mim também!

:)