"Fui ao campo colher amoras
Estavam madurinhas boas p'ra comer
Eram tantas que enchi um cestinho
Um cestinho delas para te oferecer
Tenho as mãos todas picadas
De apanhar amoras para te oferecer
Mas que importa, mas que importa
Vais ficar contente por não te esquecer!"
Quando eu era criança cantava esta música muitas vezes, principalmente quando via as silvas ficarem com seus pequeninos frutos vermelhinhos. E ficava eu, cantando, anciosa para achar uma que já estivesse pretinha. Ahhh... e cada uma que apanhava era uma alegria! Ao final do dia, nada melhor que ter as mãos todas picadas, as mãos, boca, braços e pernas todos sujos de se aventurar para se deliciar e encher a barriga com amoras!
Velhos tempos de criança, velhos frutos de infância!
Saudades!...
Um comentário:
Já eu cantava para alguma menina quando via um pé de amora: "penso que deve ser doce a fruta do coração/vou contar para o seu pai que você namora/vou contar pra sua mãe que você me ignora/vou pintar a minha boca do vermelho da amora/que nasce lá do quintal da casa onde você mora" - Amora, Renato Teixeira. Também sou fã de amora. Quando o pé do caminho da faculdade está com amoras, não hesito em subir na mureta do prédio ao lado aos olhos do porteiro para alcançar as melhores, nem para subir no pneu do carro parado bem embaixo do pé.
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