13 setembro 2007

Uma carta aos amigos...

Um dia parei e contemplei o mar. Vi as gaivotas acariciando as águas - serenas porém com pequenas ondas - nos vôos à luz do sol. E nesse instante vos vi. Estava diante de mim a imagem dos meus amigos. E a minha também.
Via no mar o reflexo da minha vida, nas gaivotas o rosto de todos os meus amigos.
A vida serena às vezes traz surpresas, pequenas ondas aparecem, ondas que dão um movimento diferente à rotina, que tentam mudar o rumo das águas. Ondas que deixam o mar confuso, indeciso, revoltado, perdido... E é nesse momento que as gaivotas saboreiam o prazer de acompanhar o mar. Acariciam-no, dão mergulhos no seu íntimo, fazem brincadeiras e ficam mais perto das suas águas. Indicam que a praia continua ali, que o rumo é o que a Alma dita, que as ondas são passageiras e que elas serão eternas companheiras.
Assim é esta minha vida, tal e qual o mar com as suas ondas, mas sempre sereno rumo à praia dos sonhos meus. E assim são os meus amigos, como as gaivotas companheiras. Podem até vir de longesó para dar um pequeno passeio bem de perto. Podem só aparecer uma única vez, mas mergulharem nas àreas mais profundas do meu ser. Podem ser sempre presentes, com os seus habituais grunhidos. Podem ser diferentes umas das outras, mas serão sempre gaivotas. E por serem gaivotas serão sempre amigas.
No dia em que contemplei o mar e as gaivotas e vi que a natureza é tão sabia que assim me explicou a amizadae, enchi-me de coragem para agradecer a todas as gaivotas pelas suas existências. Obrigada, a todos os amigos que em algum momento da minha vida foram como as gaivotas que eu vi naquele dia. E espero que as minhas águas tenham sido refresco, alimento, espelho e companhia para cada gaivota nos seus vôos...

12-Agosto-2007

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