
Aos poucos, com a pontinha dos seus delicados dedos, conseguiu tocá-la. Apanhou-a firme, sem apertar para não esmagá-la. E contemplou-a. Naquele momento como que se fundiram numa só coisa. Não se sabia mais onde terminava a pequena menina e começava a grande acerola. Eis que de repente se ouve um suspiro de satisfação, quase que um grito de alegria, um gemido de emoção.
Ela mordeu a frutinha! E o resto evaporou. O sabor era intenso demais para o mundo existir à sua volta...
E ela acordou. Se levantou e correu para a sua vida diária. A imagem não lhe saía do pensamento, mas o gosto não existia na sua boca. Parou tudo e apenas tomou um suco de acerola.
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