11 janeiro 2015

Como se fosse hoje...

Lembro do nosso encontro como se tivesse sido hoje. Talvez porque tenha mesmo sido e o tempo que houve até agora me fez sentir uma eternidade. Mas não. Já faz tempo que senti teus braços me envolverem de tal forma, que num misto de desespero e aconchego, desejei nunca mais me soltares. 
Lembro daquele beijo tímido, indeciso e rápido dar a certeza de que queria mais. E também o quiseste, se não os próximos não teriam sido tão intensos e demorados como foram. Teu sorriso, ali à minha espreita, fecho os olhos e o vejo em primeiro, segundo, terceiro e todos os planos possíveis no cinema. Como era suave, ansioso, delicado e encantador. Somados aos teus olhos, irresistível. Não tinha como negar tudo isso. Nem com o coração mais gélido seria possível tamanha insensatez. 
Teu perfume, teu corpo, teu afeto, teu jeito... Química perfeita. Teria fórmula primária melhor que essa? 
Lembro de cada detalhe como se tivesse sido hoje. Não foi. Sinto como se fosse, e o imagino para matar saudades.

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